sábado, 12 de julho de 2014

Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil

Instituída em 18 de outubro de 2012, a Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil (ANDI), é um programa que funciona integrado à Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada em 17 de novembro de 2011, que visa a vigilância alimentar e nutricional, nutrição e saúde da população brasileira, mediante o incentivo à alimentação saudável e adequada, focando no cuidado à criança menor de cinco anos de idade
Tendo por base o fato de o Brasil não ter conseguido diminuir os índices de desnutrição infantil de modo uniforme, convivendo com os extremos de desnutrição e obesidade infantil lado a lado, verificou-se necessário criar essa agenda para intensificar e focar as ações de combate e acompanhamento da fome nas áreas que ainda apresentam altos índices de desnutrição infantil, como algumas cidades da região Norte, principalmente em aldeias indígenas.
Para isso se faz necessário o mínimo compromisso dos municípios abrangidos pelo programa de forma que possibilitem o pleno funcionamento das estratégias adotadas pelo programa. Alguns desses compromissos são:
  • organizar a atenção nutricional na área de saúde no âmbito de sua atuação, por meio de normatização das ações e dos processos de trabalho na atenção básica, nos centros especializados e em âmbito hospitalar, com ênfase na atenção nutricional à desnutrição infantil
  • realizar o suporte técnico às Equipes da Atenção Básica, do Programa de Agentes Comunitários da Saúde(ACS), da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para a realização das ações de atenção à saúde da criança, vigilância e estimulação do desenvolvimento infantil e de alimentação e nutrição na rede de atenção básica à saúde
  • fomentar as ações de redução da desnutrição infantil na rede de atenção à saúde
  • promover a alimentação adequada e saudável, com base nas diretrizes do Guia Alimentar para População Brasileira
  • acompanhar a situação alimentar e nutricional da população por meio do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)
Assim, observando esses compromissos é possível determinar que um dos objetivos do programa é fazer com que os municípios tenham mais participação na no combate à fome entre as crianças e no acompanhamento  dos resultados dos programas implantados, pois o próprio município é que tem maior experiência com seus determinantes sociais causadores da desnutrição infantil.
Quanto à forma como a reversão do quadro de desnutrição vai ser feito, o programa serve para intensificar a implementação e o acompanhamento de outros programas já existentes relacionados com a nutrição das crianças, como o Programa Bolsa Família, programas relacionados ao aleitamento materno, suplementação de ferro e de vitamina A. Vale ressaltar que as metas do programa são avaliadas anualmente.

FONTE:

http://dab2.saude.gov.br/sistemas/andi/

7 comentários:

  1. Para impulsionar o combate à desnutrição, esta portaria institui a Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil em municípios com maior prevalência deste agravo em crianças menores de cinco anos de idade. Esta é uma estratégia para concretizar o propósito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que é melhorar as condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira. Assim, a Agenda visa à estruturação e qualificação de ações para o enfrentamento da desnutrição na Rede de Atenção à Saúde, especialmente no âmbito da Atenção Básica, em consonância com o Brasil Carinhoso e a Rede Cegonha.

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  2. Apesar da grande redução dos níveis de desnutrição do país que tem ocorrido recentemente, existem alguns grupos que tem sido "imunes" a essa redução e precisam de mais atenção do que os demais. Entre esses grupos os principais observados são: os indígenas (que como citado na postagem já possuem uma atenção mais especializada, voltada para esse problema), as crianças menores de 5 anos(17%) e os quilombolas(15%). Ao contrário dos indígenas esses grupos ainda não apresentam programas efetivos visando sua redução e são necessários, assim, mais esforços com esse foco.

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  3. O combate à desnutrição infantil não pode cessar. Os resultados obtidos nos últimos anos são promissores. Houve uma redução de 50 na desnutrição infantil entre 1996 e 2007 no Brasil de acordo com um estudo publicado na Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. De acordo com esse estudo, essa redução deveu-se principalmente a quatro fatores: ao aumento da escolaridade materna; ao crescimento do poder aquisitivo das famílias; à expansão da assistência à saúde e à melhoria nas condições de saneamento. É notória a capacidade do governo de reverter esse estado, principalmente através da integração de diversos programas.

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  4. Quando se critica algum programa governamental, ou a falta de investimentos em vários setores emergenciais, as críticas se concentram muito nos governos federais. Entretanto, deve-se considerar a participação dos governos estaduais e municipais nesse processo. Da mesma forma que um governo municipal mal administra os recursos vindos da federação, deixando os serviços completamente sucateados e obsoletos, quando não inexistentes, este pode não contribuir com a execução de programas e estratégias de combate à fome e desnutrição a nível local, e infelizmente, é isso que acontece. Esse foi o pensamento que me veio quando li na postagem que “Para isso se faz necessário o mínimo compromisso dos municípios abrangidos pelo programa de forma que possibilitem o pleno funcionamento das estratégias adotadas pelo programa.”. Esse problema se identifica ainda mais quando o conjunto de medidas, que devem agir concomitantemente, se encontra desfalcado ou incompleto. Conceder mais um prato de comida a uma criança só a satisfará temporariamente. As outras medidas que trariam mais resultados (e mais concretude de ações) infelizmente são deixadas “de lado”.

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  5. A Atenção Básica apresenta diversos Programas e Estratégias voltados para Prevenção de agravos nutricionais, tais como a desnutrição infantil. De acordo com dados da Atenção Básica, houve redução nos casos de desnutrição infantil. Os principais fatores atribuíveis à essa redução da desnutrição no Brasil se devem ao aumento da escolaridade materna, ao crescimento do poder aquisitivo das famílias, a expansão da assistência à saúde e a melhoria das condições de saneamento. Estes achados revelam que o enfrentamento da desnutrição infantil deve ser realizado a partir de ações que considerem os determinantes sociais e políticas públicas promotoras da equidade, como os Programas de Transferência Condicionada de Renda.

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  6. Interessante a atuação do governo na prevenção da desnutrição infantil, uma vez que a grande diversidade de programas permite um cuidado não apenas com a nutrição propriamente dita, mas também em combater a raiz do problema, que é a miséria. Além disso, é importante o enfoque em combater outros fatores responsáveis pela desnutrição como patologias causadas por microorganismo (verminoses, bacterioses...), problemas de disfunção hormonal ou do sistema nervoso, aleitamento materno deficiente entre outros. A importância do município deve ser ressaltada, pois, como dito anteriormente, a melhoria da desnutrição infantil foi irregular, o que significa que o problema está mais especificamente em determinados locais, logo, o governo nacional não deve ser o único a ser cobrado, afinal, como podemos perceber, ele já está fazendo sua parte com a criação de tais programas. A questão é de que forma ampliar a abrangência desses programas, permitindo que mais comunidades, de mais difícil acesso, sejam atingidas por eles.

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  7. Tal experiencias dos municípios é bem evidenciada no trabalho dos agentes de saúde locais, que são pessoas da própria comunidade treinados para o combata à desnutrição e conhecedores das causas de desnutrição das suas comunidades. É interessante notar em dados sobre a desnutrição como os principais fatores atribuíveis à redução da desnutrição no Brasil se devem ao aumento da escolaridade materna, ao crescimento do poder aquisitivo das famílias, a expansão da assistência à saúde e a melhoria das condições de saneamento. Estes achados revelam que o enfrentamento da desnutrição infantil deve ser realizado a partir de ações que considerem os determinantes sociais e políticas públicas promotoras da equidade.

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